"poesia? que nada!
poesia que afoga..."
Washington Menezes
17.3.7.
Mesa de bar, dragão do mar, Fortaleza
ao tempo inexistente con-fundido
trago ao hiper-espaço
mudas-palavras
escritas a qq-tempo
sem licença poética
sem engenho
no meio das coisas
Nasceu ex-machina
Rodolfo Silva
Eusébio, 18.3.7.
poesia sobre nada
In memoriam
João Cabral de Melo Neto
palavra muda significando
contrário avesso atravessa do sentido
visto
palavra mudança carga movimento
símbolo escrito lírico traz emoção
trai
muda mudança da palavra
acontece onde se tece
memória
onde se lavra
onde se planta
mudas palavras
lá
poesia sobre nada.
lá
poesia não é nada.
In memoriam
João Cabral de Melo Neto
palavra muda significando
contrário avesso atravessa do sentido
visto
palavra mudança carga movimento
símbolo escrito lírico traz emoção
trai
muda mudança da palavra
acontece onde se tece
memória
onde se lavra
onde se planta
mudas palavras
lá
poesia sobre nada.
lá
poesia não é nada.
um subtítulo possível para este folhetim eletrônico (o primeiro pensado) foi a transcrição do som onomatopaico do apoio sertanejo-nordestino, sem-fim:
"tengolengotengolengotengolengotengo"...
A morte do vaqueiro
(Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho)
ao vaqueiro Raimundo Jacó
êgadohôi
numa tarde bem tristonha
gado muge sem parar
só lembrando do vaqueiro
que não vem mais aboiar
não vem mais aboiar
tão dolente a cantar
tengolengotengolengotengolengotengo
êgadohôi
bom vaqueiro nordestino
morre sem deixar tostão
o seu nome é esquecido
nas quebradas do sertão
nunca mais ouvirão
seu cantar, meu irmão
tengolengotengolengotengolengotengo
êgadohôi
sacodido numa cova
desprezado do senhor
só lembrado do cachorro
que ainda chora a sua dor
é demais tanta dor
a chorar com amor
tengolengotengolengotengolengotengo
êgadohôi
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