quinta-feira, 27 de novembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Diário de Campo 6



sobre a autonomia das palavras


a recusa da palavra em ser usada, abusada, bendita, maldita!


a fronteira da palavra é o silêncio?


na cidade, dentro de si, em seu espaço-tempo-fronteira-mapa, onde está a palavra?



Quando montei o poema visual "de um lugar para o outro", a autonomia das palavras tornadas coisas-seres (ou sei-lá-o-quê) me fez lembrar dos poemas visuais de Arnaldo Antunes, especialmente "O QUE".
A forma circular e uma certa orientação palíndroma de sua leitura me leva a pensar sobre o próprio papel de leitor de poemas (em versos ou visuais).
Da ação, do percurso-deslocamento em direção à fronteira de Fortaleza, colhi palavras.
Ora, as palavras são, até então, a base poemática de qualqure poema (desculpe-me, cara leitora virtual, a tautologia).

Sobre os deslocamentos feitos:
Desloquei-me em direção à fronteira.
Desloquei da boca de transeuntes suas palavras para um bloquinho de notas.
Desloquei do bloquinho para a tela do editor de textos, aquelas (mesmas?) palavras.
Desloquei da tela do editor de textos para um folha A4 branca impressa.
Desloquei da impressão para uma postagem no blog. (acabou por aqui?)







Cromossomos - 2003
RIOIR - 1997
O QUE - 1986
Rodolfo Silva
21.11.8.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Diário de Campo 4



de um lugar para o outro
de um outro para a palavra
de uma palavra para a fronteira











Rodolfo Silva


18.11.8.



Diário de Campo 3

o mapa:




o marco zero:



as palavras:
DITAS
não-ditas

JOSÉ WALTER
escuta
DIGA
espera
VALE F
riso
GOSTOSINHO, MOÇO?
gostosinha
ÊH
[silêncio]
PONTO FINAL
explicação
COMÉQUETÁ?
retorno

Diário de Campo 2

o jogo,
o ritual,
o programa: deslocamento.
"Tire as sandálias dos pés,
pois o lugar em que você está é
terra santa."
Êxodo cap. III, vers. 5

ontem, 17,
criei um ritual, tornei uma ação "sagrada".

a regra:
  • Eliminar: a subjetividade, o pensamento, o criativo, a idéia de trabalho, o fazer poético.

Ação:

  1. às 9:00h da manhã, sair de casa, pegar ônibus em direção ao início da Av. Godofredo Maciel.
  2. a partir do marco zero (esquina da Av. Godofredo Maciel com R. Eduardo Perdigão), andar em direção à fronteira de Fortaleza com Maracanaú.
  3. a cada 10min de caminhada parar, esperar e "colher" a primeira palavra e escrevê-la no bloco de anotações.
  4. logo após escrever a primeira palavra ouvida, escrever a primeira palavra "não-dita" que vier à mente.
  5. reiniciar a caminhada e repetir os passos 3 e 4, até cansar.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Diário de Campo 1

desde o dia 10, participo do curso "história da arte como ação cultural" na Vila das Artes, em Fortaleza.
num grupo plural e multidisciplinar, cerca de vinte pessoas procuram a cidade.
eu procuro as palavras e fronteiras da cidade.
palavras ditas.
palavras não-ditas.

no percurso, lembrança:
"O Conto de Natal de Auggie Wren", de Paul Auster.
no percurso, novidade:
"Quem tem medo da arte contemporânea?", de Fernando Cocchiarale.


qual medo de mim
e da cidade.
da palavra dita na vida na rua.


Rodolfo Silva
17.11.8.

Quixadá On The Air #01

Nos dias 15 e 16 de abril de 2023, aconteceu o  Final de Semana Pan-Americano do SOTA 2023.  A equipe SOTA CEARÁ, organizou uma expedição no...