segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

onde tudo termina

"a mesma e única casa
a casa onde eu sempre morei"

minha casa, Zeca Baleiro

i. quando um sonho parece voltar, num futuro próximo, aquela esquina a dobrar
contagem
fronteira de (meu) interior
tempo, temor, espaço, espasmo

ii. passado-presente: sempre os mesmos lugares, as mesmas praças
horizonte, arrecife, forte
longe lugar
de míope embaço

iii. leituras (claro-escuro)
ingerir baratas,maçãs
G.S.he, G.H.e
segundas paixões

iv. ciclos ininterruptos
quando as coisas melhoram
quando as coisas pioram
onde tudo termina

v. topo-amnésia: onde fica meu lar? a não ser no colo do meu amor
numa rede
de volta ao balanço

vi. "A volta dada é sempre a mesma:"
ouço
repetir todo o cê-dê (as mesmas doze líricas canções)
repetir a trilha sem som do ele-pê (canção de ninar, chiado sem-fim)
vejo
anemic cinema de Marcel Duchamp



Fortaleza, 31.12.8.
Rodolfo Silva

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