a cidade e sua inutilidade
Antes, eu tinha um percurso (inútil, claro) mas ele me levava em direção à fronteira. Servia ainda para me tirar da cidade. Catei palavras.
Naquela manhã de segunda-feira, andar, contar o tempo, parar, escutar, anotar, escrever, até cansar.
O que Fortaleza tem de mais inútil numa tarde de sexta-feira?
Talvez a sua quadradura. Inútil!
Talvez a sua quadradura. Inútil!
Então é nessa que eu vou inutilizar o meu precioso tempo.
A praça ainda é útil. Preciso de algo mais inútil.
A tranquilidade inútil de uma esquina de cruzamento. A esquina da praça, nesse cruzamento - uma rápida e inútil passagem. Ir e voltar, ao tempo e gosto do semáforo.
Inaugurar um novo tempo, inútil, claro!
P.S.1: detalhe, para a inutilidade (in)completar-se, é necessário fotografar o transeunte*, de quando em quando (de um ponto fixo?).
P.S.2.: detalhe, para a inutilidade (in)completar-se, é necessário indumentar o traseunte*, de um terno preto, chapéu e algo mais... inútil.
*transeunte adj. Que passa; que vai andando ou passando; que não permanece. / — s.m. e s.f. Indivíduo que vai passando. / (Sin.: viandante, passante, caminhante.)
de 27.11.8.
ver blog ARTE COMO AÇÃO CULTURAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário