O lugar é antigo,
anterior a minha morte.
Sigo entre as chamas.
Cambaleio firme
para mostrar às sombras que nada temo.
Agora, a vertigem é meu lar.
O lugar permanece antigo.
Cada passo é parco
e me faz recuar.
Agora, a ausência me socorre.
Bruxuleio o caminho, altivo e evidente,
enquanto o lugar sorrateia suas entranhas.
O rio é antigo.
Não é anterior.
Fortaleza, 29.5.14.
Rodolfo Silva