sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Diário de Campo 6



sobre a autonomia das palavras


a recusa da palavra em ser usada, abusada, bendita, maldita!


a fronteira da palavra é o silêncio?


na cidade, dentro de si, em seu espaço-tempo-fronteira-mapa, onde está a palavra?



Quando montei o poema visual "de um lugar para o outro", a autonomia das palavras tornadas coisas-seres (ou sei-lá-o-quê) me fez lembrar dos poemas visuais de Arnaldo Antunes, especialmente "O QUE".
A forma circular e uma certa orientação palíndroma de sua leitura me leva a pensar sobre o próprio papel de leitor de poemas (em versos ou visuais).
Da ação, do percurso-deslocamento em direção à fronteira de Fortaleza, colhi palavras.
Ora, as palavras são, até então, a base poemática de qualqure poema (desculpe-me, cara leitora virtual, a tautologia).

Sobre os deslocamentos feitos:
Desloquei-me em direção à fronteira.
Desloquei da boca de transeuntes suas palavras para um bloquinho de notas.
Desloquei do bloquinho para a tela do editor de textos, aquelas (mesmas?) palavras.
Desloquei da tela do editor de textos para um folha A4 branca impressa.
Desloquei da impressão para uma postagem no blog. (acabou por aqui?)







Cromossomos - 2003
RIOIR - 1997
O QUE - 1986
Rodolfo Silva
21.11.8.

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