sobre a autonomia das palavrasa recusa da palavra em ser usada, abusada, bendita, maldita!
a fronteira da palavra é o silêncio?
na cidade, dentro de si, em seu espaço-tempo-fronteira-mapa, onde está a palavra?
Quando montei o poema visual "de um lugar para o outro", a autonomia das palavras tornadas coisas-seres (ou sei-lá-o-quê) me fez lembrar dos poemas visuais de Arnaldo Antunes, especialmente "O QUE".A forma circular e uma certa orientação palíndroma de sua leitura me leva a pensar sobre o próprio papel de leitor de poemas (em versos ou visuais).Da ação, do percurso-deslocamento em direção à fronteira de Fortaleza, colhi palavras.Ora, as palavras são, até então, a base poemática de qualqure poema (desculpe-me, cara leitora virtual, a tautologia).Sobre os deslocamentos feitos:Desloquei-me em direção à fronteira.Desloquei da boca de transeuntes suas palavras para um bloquinho de notas.Desloquei do bloquinho para a tela do editor de textos, aquelas (mesmas?) palavras.Desloquei da tela do editor de textos para um folha A4 branca impressa.Desloquei da impressão para uma postagem no blog. (acabou por aqui?)Cromossomos - 2003
RIOIR - 1997
O QUE - 1986
Rodolfo Silva
21.11.8.